Os judocas da AVD que integram a Seleção Brasileira de Surdos novamente fizeram história, dessa vez nos tatames da Venezuela. Foram seis medalhas conquistadas para o país, sendo uma de ouro, três de prata e duas de bronze, o que deu ao Brasil o 4º lugar no ranking do judô e 5º no quadro geral de medalhas.
Vanessa Reis subiu no lugar mais alto do pódio, enquanto Marcio Willian Silva, Adalberto Trigueiro e Alexandre Fernandes faturaram a prata. Já Adalberto e Alexandre conseguiram o bronze no kata. Além do bronze obtido no Equipe.
O desempenho podia ter sido ainda melhor, mas os atletas mais novos sentiram um pouco o peso de uma competição internacional desse porte, o que é absolutamente normal, segundo o técnico Eduardo Duarte.
- Para os atletas da nova geração, o mundial serviu de experiência. A comissão técnica pôde analisar o comportamento dos atletas e verificou que alguns estiveram bem abaixo do esperado devido ao grande nervosismo demonstrado. Com a participação em competições internacionais e intercâmbios os atletas mais jovens vão aprender a trabalhar o psicológico deles e ganharão mais confiança. Parabenizo todos os atletas da AVD – explica.
Desorganização
O ponto triste da competição na Ilha de Margarita foi a desorganização. Não havia pessoal para suporte, o quadro de arbitragem, praticamente todo da Venezuela, é muito fraco, o que acabou prejudicando o Brasil em dois momentos, um deles crucial, no Open, onde poderíamos ter saído com mais um bronze. Na ocasião, o atleta francês deveria ter sido desclassificado por ter puxado o Brasileiro no solo e forçado a lombar dele. Neste momento, infelizmente o árbitro francês, único de outro país e responsável pela arbitragem, se omitiu quando o trio de arbitragem solicitou seu posicionamento. Tudo poderia ser resolvido se tivessem câmeras filmando as lutas. Uma das poucas coisas positiva foi o exame anti-doping.
Apoio
O projeto AVD não teve o apoio do Governo Estadual do Rio de Janeiro e do Governo Federal por problemas na documentação da CBDS. Contudo, algumas instituições privadas ajudaram: Torre On Line, No Gi, Seishin, Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro e alguns deputados estaduais: Roberto Dinamite, Marcos Vinicius, Márcio Pacheco, Flávio Bolsonaro, Gerson Bergher, Zaqueu Teixeira, Édino Fonseca, Wagner Montes, Gilberto Palmares, Luiz Paulo, Cel. Jairo, Enfa. Rejane, Chiquinho da Mangueira, Robson Leite, Alessandro Calazans, Luiz Martins e João Peixoto.
O objetivo agora é buscar o apoio dos governos para uma melhor preparação dos atletas para o Surdo-Olímpico em 2013, na Bulgária, e tentar trazer para o Rio de Janeiro o 15º Mundial de Artes Marciais de Surdos, além da inclusão do Surdo-Olímpico nos Jogos do Rio, em 2016.
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Um comentário:
Parabéns aos atletas!!!!
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